Jogo: Aldeia Virtual

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A Aldeia Virtual é um espaço criado a partir de referências reais sobre alguns dos povos indígenas que vivem no País. Cada jogador escolhe um entre os sete avatares de um povo (Yanomami, Ashaninka, Xikrin Kayapó, Karajá, Krahô, Matis e Asurini do Xingu) e passa a participar com ele das atividades da aldeia, podendo conversar e jogar com outros participantes. Nessa aldeia, todos se encontram, fazendo disso uma oportunidade para trocar impressões sobre os diferentes modos de vida dos povos no Brasil. Visite a aldeia circular, no Cerrado, e a aldeia yanomami, na região amazônica! Lá você encontrará minijogos muito divertidos! Além de jogos e vídeos relacionado com a cultura indígena é só clicar na imagem 😀

aldeia  Site para pesquisa: http://pibmirim.socioambiental.org/jogos

Dicionário Tupi-Português

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Nossa língua portuguesa assimilou muito da língua Tupi-Guarani, ao ponto de não estranharmos o seu uso no nosso dia a dia, peguemos por exemplo a palavra  “pará” que significa “rio”,  e  nos  diversos  estados  brasileiros,  do  Pará ao Paraná,  existem  nomes  de  rios  como  Paraopeba,  Paranaguá,  Pari, Paranapanema, Paranapitanga, Paraíba do Sul, Paraibuna, Parateí. Vejamos outros exemplos:

Lugares: Goiás (da mesma raça; igual), Guarujá (viveiro de peixes guarus,), Bauru (cesta  de  frutas),  Cambuci  (pote,  vaso  de  água),  Itu  (salto  ou  cascata)  e  seus derivados,  como  Itutinga,  Itupeva,  Ituporanga,  Ita  (pedra)  e  seus  derivados,  como Itaquaquecetuba,  Itanhaém,  Itapetininga,  Itapoá,  Itaipu,  Itararé,  Pira  (peixe)  e  seus derivados, como Piracicaba, Piratininga, Pirapora, Piracaia.

 Objetos: peteca (bater com a mão aberta), guaiaca (cinto de couro, dotado de bolsas externas, usado pelo boiadeiro), capanga um tipo de bolsa que usamos para viagens e caças.

 Alimentos: macaxeira (mandioca), jerimum (abóbora), mingau (aquilo que empapa), abacaxi, cará, caju.

 Rios: Pará (oceano), Paraná (rio que se parece com o mar), Paraguaçu.

Nomes: Maíra, Iara, Cauã, Juruena, Juruna, Amanda (chuva), Iracema(lábios de mel).

Animais: gambá, paca, piranha, tamanduá, jaguatirica, sapo.

  Comidas: canjica, pipoca.

Curiosidades:  nhe-nhe-nhem  (falar  sem  parar),  estar  jururu  (estar  triste),  chorar pitangas (chorar lágrimas de sangue), Curitiba (muito pinhão), Morumbi (morro, colina verde), Oca (casa, cabana)

 

Os Tupi-Guaranis: Resumo

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O principal grupo indígena do Brasil foi denominado tupi-guarani. Essa designação é linguística e se refere a um conjunto de línguas aparentadas, faladas por uma grande quantidade de tribos indígenas. Não existia, propriamente, uma única língua, nem se compartilhava  uma  única  cultura.  Contudo,  acredita-se  que  essas  línguas  tiveram origem  comum  e  foram  se diferenciando  com  o  passar  do  tempo.

Sua  primeira proveniência  teria  sido  do  Baixo  Amazonas,  em  cerca  de  500  a.C.,  e  logo  ela  se expandiria,  em  direção  ao  Sul,  pelo  Rio  Tocantins  e  por  outros  que  correm  no Cerrado. Dali, teriam ido mais ao Sul, atingindo o atual Paraguai, seguindo, depois, para a costa e em direção ao Nordeste do Brasil. Acredita-se que, antes da chegada dos portugueses, já ocupavam quase todo o interior do Brasil. Os dois grandes grupos
linguísticos  corresponderiam  ao  guarani,  a  Oeste,  e  ao  tupi,  a  Leste.  Apesar  de existirem  muitos  outros  grupos  indígenas  que  não  falavam  línguas  do  tronco  tupi-guarani,  sua prevalência  explica  a  influência  predominante  que  tiveram  no  Brasil.
Por isso, as nossas heranças indígenas provêm, em sua maior parte, dos tupis e dos guaranis.
Os  povos  brasileiros  pré-cabralianos  usavam  a  cerâmica  e  seus  costumes influenciaram, de forma decisiva, a nossa cultura, como a rede de dormir, ainda hoje tão  utilizada  em  muitos  lugares  do  Brasil.

As  mulheres  tinham  posição  social  de
destaque  e  as  relações  de  parentesco  estavam,  em  grande  parte,  centradas  nelas. Além de dominarem a agricultura das plantas nativas, esses índios caracterizavam-se por  sua  preocupação  com  o  asseio,  banhando-se  com  frequência  nas  águas abundantes e ainda límpidas das terras onde seria construído o Brasil. E tudo isso passou, de diversas maneiras, para a sociedade brasileira.

                                            Fonte: São Paulo Faz História